Gabriela Rossi Bernardes, de 22 anos, foi diagnosticada com paralisia cerebral aos 11 meses. “Isso não me impediu de nada: brincar, estudar, ir a clubes, festas, shows, casa de amigos ou viajar”, recorda. Formada no ensino médio, agora ela se prepara para o vestibular de pedagogia. Já trabalhou na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) como promotora de eventos, em uma grande empresa, como menor aprendiz. “Faço um pouco mais e melhor a cada dia. Gosto muito de artes e de dançar flamenco, zumba e ballet moderno” e agora parte para o mais novo desafio: Publicar um livro.
Há algum tempo, a jovem tinha o desejo de escrever seus pensamentos e expressar seus sentimentos, que agora estão reunidos, graças à sua persistência e trabalho, no livro “Eu sou mesmo assim… Gabriela”. A obra será lançada no dia 16 de fevereiro em uma livraria no Uberlândia Shopping.
O prefácio do livro foi escrito por Ivone Santana, fundadora e consultora de um instituto, que ajuda empresas e escolas a estruturar programas de inclusão de pessoas com deficiência. Em um trecho, Ivone afirma: “Se eliminadas as barreiras, as pessoas com deficiência são capazes de se expressar, produzir, ter autonomia financeira e pessoal, podem escolher seus amigos e amores, constituir família, realizar-se profissionalmente e contribuir para a sociedade em condições próximas às das pessoas sem deficiência”.