Moradores reclamam de transtornos em frente ao Campus Educação Física da UFU durante Olimpíada Universitária


Nos últimos finais de semana, moradores da Rua Benjamin Constant, em frente ao Campus Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), reclamam da grande aglomeração de estudantes da instituição no local, que aproveitam o final dos jogos da Olimpíada Universitária e ocupam toda a rua, causando diversos transtornos.

Um morador em frente ao local, que pediu para não ser identificado, disse que precisa se programar durante a semana e tem de deixar sua casa para ter um pouco de sossego.

“Nós temos de fazer investimentos em programações nos finais de semana para que possamos ter uma vida tranquila e normal, haja vista que nem sair de casa nós temos condições. Minha família não tem controle emocional suficiente pra conseguir sair portão afora, com medo de uma retaliação”, disse.

No último final de semana, a via só conseguir ser liberada pela aglomeração de estudantes após a chegada de reforço da Polícia Militar (PM), já no período da noite.

O Capitão Luciano Chaves, da PM, disse que a instituição já fez um pedido, junto ao Ministério Público, de que o Campus Educação Física não é adequado para receber esse tipo de evento. O problema já persiste há alguns anos.

“A Polícia Militar já vem trabalhando nesse problema há alguns anos. E esse ano, já no primeiro final de semana que teve (o evento), nós elaboramos filmagens e encaminhamos ao Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, à Prefeitura e à reitoria da UFU, falando que o local é inadequado pra esse tipo de evento”, disse.

Posicionamento da UFU

Helder Eterno da Silveira, pró-reitor de Extensão da universidade, afirmou que a instituição só possui responsabilidade com o que acontece no interior do Campus Educação Física. Mas que a UFU está conversando com a comunidade universitária e autoridades para encontrar uma forma de tentar amenizar o problema.

“Esta ação a mais é por que nós temos justamente uma responsabilidade social com as pessoas que moram naquele lugar. Estamos muito preocupados com essas pessoas, e por isso estamos dialogando com polícia pra minimizar esses impactos que nos causam muita tristeza, por que eu sei que perturba não só a ordem pública, mas o dia a dia das pessoas que estão lá”, disse Helder.

Informações: Vinícius Lemos