Resultado de perícia feita pela Backer contrasta com análise do Ministério


A Backer apresentou, nesta terça-feira (21), o resultado da perícia independente feita pela Universidade Federal de Minas Gerais, a pedido da própria cervejaria.

As análises revelaram que as cervejas de lotes mais recentes apresentaram níveis menores de dietilenoglicol dos que as de lotes anteriores. Segundo o professor, a diminuição da presença da substância reduz a suspeita de que houve um vazamento nos equipamentos da fábrica.

Nas cervejas de 600 mL, repassadas pela própria cervejaria, foi constatada a presença de quase cinco gramas de dietilenoglicol em cada garrafa. De acordo com o especialista, seria necessário mais de 160 Kg da substância para contaminar um tanque de 20 litros.

Além disso, a análise de amostras de água recolhidas de quatro lugares da cervejaria – do tanque, do trocador de calor, do restaurante e da caixa d`água – deram negativo para a contaminação por dietilenoglicol. O resultado contrasta com a perícia feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Os casos suspeitos de intoxicação pela substância já chegam a vinte e dois; quatro pessoas morreram. A polícia de Minas Gerais pediu, nesta terça-feira (21), a exumação do corpo de uma das vítimas: Maria Augusta de Campos Cordeiro, de 60 anos, que morreu no fim de dezembro, na cidade de Pompeu.

“Ela ingeriu a bebida no dia 20, e no dia 21 ela já começou a passar mal, já com sintomas muito fortes. Já no dia 26, ela não conseguia levantar, tanto que a ambulância teve que buscá-la em casa. Em 38 horas ela veio a falecer”, contou a enteada de Maria, Cristiani Assis. A vítima começou a apresentar os mesmos sintomas dos outros pacientes após ter consumido a cerveja Belorizontina.

SBT