Delegado, vereadores e outros agentes de Uberlândia são presos em Operações do Gaeco


 

Na manhã desta sexta-feira, 25, foram desencadeadas pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado – GAECO, regional Uberlândia, três operações:

  • uma delas é a Operação Poderoso Chefão que investiga fatos envolvendo a COOPAS no desvio de verbas do erário e de cooperados e fraudes na quilometragem das Vans que outrora prestaram serviços em Uberlândia;
  • outras duas operações são desdobramentos da Operação Dominó e Torre de Babel, que investigam Organização Criminosa atuante em roubo a cargas e outros delitos, em Uberlândia/MG e região.

A operação Poderoso Chefão tem como foco de investigação organização criminosa atuante no desvio de recursos públicos oriundos de contratos de prestação de serviço público municipal de transporte de alunos. As investigações apontam que por meio da associação ATP (suposta sigla de ALEXANDRE TODO PODEROSO), a organização criminosa desviou, somente no ano de 2016, 7 milhões de reais da Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG.

A organização criminosa contava com sofisticado esquema para lavagem dos recursos obtidos criminosamente, por meio de diversas empresas constituídas em nome de dirigentes da COOPASS e da ATP, bem como de laranjas utilizados pelo consórcio criminoso.

Estão sendo cumpridos pelo menos  71 mandados de busca e apreensão e 88 mandados de prisão em desfavor de 75 investigados, nas cidades de Uberlândia-MG, São Gotardo-MG, Itumbiara-GO e Goiânia-GO. Em Uberlândia são 16 mandados de prisão preventiva em face de 16 investigados, sendo certo que um deles já se encontrava recolhido no Presídio Jacy de Assis.

Dentre os alvos, três são vereadores da cidade de Uberlândia, Alexandre Nogueira (PSD) – que não foi localizado, Wilson Pinheiro (PP) e Juliano Modesto, que já havia sido preso na Operação Torre de Babel; oito são policiais civis de MG (lotados na 9ª Departamento, da cidade de Uberlândia/MG); e cinco são policiais militares (sendo que destes cinco, três já estavam presos em virtude das operações Mercenários e Torre de Babel, um já era desertor e foragido da operação Torre de Babel).

Delegado Eduardo Leal

Mandados de buscas são cumpridos nas casas e gabinetes dos três vereadores. O ex-controlador da Câmara Municipal de Uberlândia, Adeilson Barbosa também foi preso. A Corregedoria da PCMG está cumprindo os mandados referentes aos policiais civis que tiverem prisão decretada. Um deles é o delegado de homicídios Eduardo Leal, que inclusive apoiava operações do Gaeco.

Foram ainda cumpridos 18 (dezoito) mandados de busca e apreensão, bem como foi determinado o sequestro de bens e valores dos investigados no limite de 7 (sete) milhões de reais.

Todos os materiais apreendidos foram encaminhados para o Ministério Público pela PM. Os presos são encaminhados ao 9º Departamento da PC.

Operação Mercúrio

O foco da segunda fase da Operação Mercúrio é a apuração de crimes de corrupção passiva e ativa, envolvendo Policiais Civis de Uberlândia e integrantes de organização criminosa atuante no ramo de roubo de caminhões e cargas. Foram cumpridos 3 (três) mandados de prisão preventiva, em face de 2 (dois) Delegados de Polícia e 1 de (um) Investigador de Polícia. Também foram cumpridos 3 (três) mandados de busca e apreensão.

Operação Torre de Babel

A segunda fase da Operação Torre de Babel constitui novo desdobramento da Operação Dominó, especificamente a organização criminosa chefiada por Anderson Modesto Cunha, por meio da empresa Elite Trucks.

Foram cumpridos 69 (sessenta e nove) mandados de prisão preventiva e 1 (um) mandado de prisão temporária em face de 57 (cinquenta e sete) investigados, além de 54 (cinquenta e quatro) mandados de busca e apreensão. Foi também determinado o bloqueio de bens e valores no limite de 5 (cinco) milhões de reais, em face de três investigados em razão da prática de crimes de lavagem de dinheiro.

Entre os 57 (cinquenta e sete) investigados, 5 (cinco) são Policiais Militares e 5 (cinco) são Policiais Civis. Dos 57 (cinquenta e sete) investigados, 11 (onze) já se encontravam recolhidos no Sistema Prisional de Minas Gerais.

 

‘Operação Torre de Babel’ é realizada em Uberlândia e vereadores são alvos