Dono de propriedade rural de Uberlândia é preso por manter 5 funcionários em trabalho análogo à escravidão


Foto: Polícia Militar/Divulgação

Durante uma fiscalização ambiental de rotina, a Polícia Militar (PM) de Uberlândia encontrou cinco funcionários de uma carvoaria sendo submetidos a trabalho análogo à escravidão, na zona rural da cidade. A Polícia informou que a fiscalização nesta terça-feira, 30, era para conferir o cumprimento do prazo para a regulamentação da atividade carvoeira, que terminou na segunda-feira, 29.

No local a polícia encontrou três homens, de 36, 54 e 59 anos, uma mulher de 56 anos, e um jovem de 24 trabalhando sem condições e estruturas adequadas. Os funcionários estavam vivendo e trabalhando em condições sub-humanas. Eles não tinham registro em carteira, dormiam em camas improvisadas em local sem ventilação e ao lado de um criadouro de porcos, imóvel e banheiro sem estrutura de higiene adequada e sem energia elétrica.

Foto: Polícia Militar/Divulgação

As vítimas disseram que todo o alimento que comiam era descontado do valor recebido pelo trabalho. E que somente recebiam se houvesse produção.

Um homem de 56 anos, proprietário do local onde funciona uma carvoaria foi preso pelo crime de trabalho análogo à escravidão. Ele não teve o nome divulgado. A atividade da carvoaria foi suspensa.

O homem ainda foi conduzido por posse ilegal de arma de fogo. Foram apreendidos 50 metros cúbicos de carvão, dez metros de lenha e, uma motosserra. Ele também foi autuado por crime ambiental, já que mantinha no local duas fossas negras fora das normais ambientais e com risco de contaminação do lençol freático.