Mais um caso em Araguari – Parto normal forçado provoca laceração perineal


Gláucia conta detalhes do drama vivido na Santa Casa de Misericórdia em Araguari (Imagem: Max Germano / TV Vitoriosa)

A TV Vitoriosa mostrou na semana passada dois casos em que pais perderam seus filhos depois de complicações durante o parto na Santa Casa de Araguari, no Triângulo Mineiro. Com a visibilidade que casos tiveram nas nossas mídias, outras mães que sofreram durante o parto procuraram nossa emissora. E hoje nós trazemos mais um deles à à tona.

Confira os casos

https://admin.v9vitoriosa.com.br/policia/bebe-tem-a-cabeca-arrancada-durante-o-parto-em-araguari/

https://admin.v9vitoriosa.com.br/policia/mulher-afirma-que-tambem-perdeu-o-filho-apos-parto-na-santa-casa-de-araguari/

A dona de casa Gláucia Aparecida Rodrigues chamou nossa equipe para contar o drama vivido após ganhar seu bebê na Santa Casa de Misericórdia. Ela relata que há um ano e meio teve o parto normal forçado e, com isso, sofreu laceração perineal, que é um rompimento não intencional da pele e outras estruturas dos tecidos moles que, nas mulheres, separam a vagina do ânus. Segundo Gláucia, a complicação traz problemas até hoje para ela.

A moradora do Bairro Maria Eugênia conta que o problema foi tão grave que ela já teve que fazer quatro cirurgias e ainda está aguardando mais um procedimento. Por muito tempo precisou usar bolsa de colostomia para eliminar as fezes, pois não tinha condição de fazê-lo naturalmente. Neste caso o bebê sobreviveu.

Prestes a dar à luz a filha, Gláucia chegou na unidade de saúde com dores e foi mandada para casa. Mas ela se negou e disse que não tinha condições de voltar com aquela dor. “Era 21h e eu não vi o médico.A hora que eu o vi, foi quando ele tirou ela (a filha) com o fórceps. Depois foi a enfermeira e os (médicos) residentes, que me olharam”, disse.

Gláucia ainda relata que a bolsa não rompeu sozinha e foi preciso estourá-la. “Não tinha passagem nenhuma para fazer o parto normal. Teria que ter sido cesárea. Eles forçaram com aquele ferro e acabaram com minha vida. Minha filha nasceu machucada, escura, não chorou, estava desmaiada”, afirma.

Após o parto, e com a fístula reto-vaginal, Gláucia foi encaminhada para Uberlândia para o procedimento de reconstrução do reto e do canal urinário, que se uniram com a laceração. Aqui eles teriam orientado que ela esperasse por quatro meses para o corpo se recuperar sozinho e ela usou a bolsa de colostomia na barriga para impedir que as fezes chegassem até o local afetado. Passados os quatro meses não houve cicatrização. O hospital informou que ela teria que esperar ser chamada para fazer as cirurgias, mas até hoje, 1 ano e meio depois, ainda não foi chamada.

Sem aguentar esperar, na época ela procurou atendimento em Pedrinópolis, que a encaminhou com urgência para Uberaba. E lá ela já foi submetida a 4 cirurgias reconstrutivas. Agora aguarda o quinto procedimento.

Confira a matéria completa de André Silva

https://www.youtube.com/watch?v=I4KSixQaCYs

CRM investiga morte do bebê que teve a cabeça separada do corpo

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) abriu sindicância para apurar a morte do bebê da dona de casa Tânia Borges Vieira da Silva, durante o parto normal na Santa Casa de Araguari. O CRM só tomou conhecimento do caso na quinta-feira, 16, depois que a reportagem da TV Vitoriosa tomou grandes proporções em nível nacional.

Tânia Borges afirmou com veemência que a filha Rebeca teve a cabeça separada do corpo durante o parto forçado, pois a menina nasceu pelos pezinhos. A Santa Casa de Misericórdia também confirmou extraoficialmente que a menina teve a cabeça separada do corpo.

O caso aconteceu no dia 30 de outubro, Tânia chegou a ficar na UTI por dois dias e, só depois, quando já conseguia falar sobre o drama vivido, acionou nossa equipe de reportagem. O caso também é investigado pela Polícia Civil.

Após problemas e mortes em partos, Secretário de Saúde de Araguari fala sobre procedimentos

A TV Vitoriosa entrevistou o o secretário da saúde de Araguari, João Batista, que falou a versão da secretaria sobre o caso das duas parturientes que registraram as mortes dos bebês na Santa Casa de Misericórdia. Ele explica a diferença entre “erro médico” e “acidente de trabalho do médico”.

A Secretaria informa que a princípio, não houve falha no atendimento médico, mas está averiguando para esclarecer o fato.

 

https://www.youtube.com/watch?v=rKk-spW8uAM