Mulher é estuprada, leva golpes de facão e se finge de morta para sobreviver, em Uberlândia


Uma mulher, de 49 anos, sobreviveu a um ataque violento na zona rural de Uberlândia ao se fingir de morta. Ela fazia sua caminhada rotineira na manhã desta quinta-feira, 14, por uma estrada de terra próximo à área onde mora, quando foi abordada pelo criminoso, arrastada para o mato, estuprada e ainda levou golpes de facão. A única coisa que passou pela cabeça da vítima foi fingir estar morta. O bandido fugiu levando a aliança de casamento, uma corrente de ouro e o celular da vítima.

Ela mora em uma fazenda na comunidade rural de Cruz Branca e todas as manhãs faz caminhada pela estradinha de terra próxima à BR-452. Ela conseguiu observar detalhes do estuprador. Ele era negro, usava camisa preta e bermuda cinza, estava em uma bicicleta preta e tinha uma garrafa térmica vermelha presa à bagagem que carregava. O bandido cercou a vítima, a arrastou para o mato e cometeu o crime.

O capim seco amassado mostra o local do estupro. Lá, após consumar o ato sexual, o homem tentou matá-la com vários golpes de facão. Ela foi atingida na nuca, ombro, no rosto (região temporal) e teve múltiplos ferimentos em ambas as mãos.

Pensando que havia matado a vítima o homem fugiu sentido à rodovia. A mulher caminhou por quase 1 km até uma fazenda próxima, onde foi socorrida por um casal até a UAI do Bairro Morumbi.

A polícia foi acionada e, com as características do autor, recebeu informações de que um suspeito estava em um posto de combustíveis próximo. No local, os militares encontraram o suspeito. Ele estava com as roupas molhadas. Uma testemunha disse que viu o suspeito chegar todo sujo de sangue e ir até o banheiro, onde se lavou e também lavou as peças de roupa. Porém, algumas manchas de sangue ainda eram visíveis.

A bicicleta e uma garrafa térmica vermelha indicavam que ele poderia mesmo ser o estuprador. Ele deu nome de Hamilton Pereira Alves, disse que tem várias passagens pela polícia, inclusive condenações e que é membro do PCC. A PM não encontrou o nome no sistema e acredita que ele tenha fornecido nome falso.

No cofre da viatura o suspeito se faz de desentendido e até ri em tom de ameaça. O facão não foi encontrado.

Depois de receber atendimento médico na Unidade de Atendimento Integrado (UAI), a vítima foi levada para o Pronto-Socorro da UFU. Ela perdeu um dedo e sofreu cortes profundos por todo o corpo. O estado de saúde estável sem risco de morte, segundo o marido.

Reportagem de Carlos Vilela