Mulher tem seguro desemprego suspenso após outra pessoa ser contratada usando CPF dela


Uma mulher, de 41 anos, teve o benefício do seguro desemprego suspenso em Uberaba após uma pessoa ser contratada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) utilizando o mesmo número do CPF dela. O crime de estelionato foi registrado pela Polícia Militar (PM) nesta terça-feira, 20.

A vítima relatou à polícia que foi demitida do antigo emprego e começou a receber o seguro desemprego. Ela já tinha recebido três parcelas e foi até a Caixa Econômica Federal sacar a quarta quando soube que teve o benefício negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A mulher afirmou ter entrado em contato com o instituto e foi informada de que uma pessoa usou o número do CPF dela para ser contratada na ALMG. Eles ainda fizeram uma análise no sistema e constataram que a vítima já teve vinculo empregatício com a Câmera dos Deputados e Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mas ela nega e afirma que nunca prestou serviço para nenhum dos dois.

V9 entrou em contato com a assessoria de imprensa do INSS, que informou apenas que o seguro desemprego é um benefício operacionalizado pela Caixa. Sobre a denúncia, eles disseram que seria necessário buscar informações junto à ALMG.

Já a assessoria da Caixa Econômica Federal, afirmou por telefone que não pode liberar e nem autorizar o benefício, pois só realiza o pagamento. Eles informaram que a responsabilidade do seguro-desemprego é do Ministério do Trabalho e do INSS.

A assessoria da Câmara de Deputados informou que os nomes dos funcionários da instituição, sejam terceirizados ou não, estão listados na área de Transparência do portal. Nas pesquisas feitas pelo V9 com o nome da vítima, nenhum servidor foi localizado. Em nota, a UFU, por meio da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), afirmou que consultou os registros cadastrais e constatou que nenhuma pessoa com o nome ou CPF da vítima fez parte do quadro de servidores.

Nossa equipe entrou em contato com as assessorias de comunicação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e do Ministério do Trabalho, mas até o momento não tivemos retorno.