Operação Dominó, de combate a roubos de cargas e receptação, é deflagrada pelo Gaeco em Uberlândia


Coronel da PM Cláudio Vitor e os promotores de justiça Daniel Marotta e Adriano Bozola – Foto: Rodrigo Silva / TV Vitoriosa

Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 19, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) realiza a 1ª Fase da Operação Dominó. O objetivo é combater crimes de roubos de carga e receptação de veículos em Uberlândia e região, desmantelando organizações criminosas. As cidades alvos da operação são Araguari, Abadia dos Dourados, Canápolis, Caratinga, Centralina, Monte Carmelo, Uberaba e Uberlândia.

Foto: Amanda Carvalho / TV Vitoriosa

A unidade regional de Uberlândia do GAECO conta com o apoio das unidades regionais de Uberaba, Patos de Minas e Ipatinga, e da Receita Estadual de Minas Gerais.

De acordo com o coronel da Polícia Militar (PM) Cláudio Vitor Rodrigues, serão cumpridos 89 mandados de prisão preventiva contra 68 investigados, e 63 mandados de busca e apreensão.

A Justiça de Uberlândia determinou o sequestro de 91 veículos, entre caminhões, carros e motocicletas, bem como a indisponibilidade dos imóveis de todos os investigados.

As investigações tiveram início em março de 2018, em razão da apreensão, nesta cidade, de dois caminhões produto de crimes de furto ocorridos no estado de Goiás, com a prisão em flagrante de dois criminosos.

Inicialmente, a operação, que tinha como objetivo a apuração de delitos de roubo de cargas, foi denominada Mau Agouro, uma vez que a organização criminosa então investigada consultava um pai de santo antes da prática dos delitos, agindo somente quando recebiam a aprovação do líder religioso.

Foto: Amanda Carvalho / TV Vitoriosa

Posteriormente, as investigações apontaram a existência de outras organizações criminosas, atuantes especialmente
no roubo de cargas e receptação das cargas e caminhões roubados, além de roubos de fazendas e veículos de passeio.
AS investigações provocaram verdadeiro efeito dominó, em que a apuração das atividades de uma organização criminosa levava a descoberta de outras sociedades delitivas, todas com conexões entre si.

Por fim, restaram apuradas as atividades de 7 (sete) organizações criminosas distintas, com conexões entre si, cujas atividades ilícitas ocorriam, precipuamente, nas regiões mineiras do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, além da região sul do estado de Goiás/GO.

Durante as investigações o GAECO foi o responsável pela prisão em flagrante de pelo menos 25 (vinte e cinco) investigados, pela prática dos crimes de roubo de cargas, roubo a estabelecimento comercial, receptação de caminhões, porte ilegal de arma de fogo, entre outros.

Do total de presos em flagrante, 16 (dezesseis) permanecem recolhidos até a presente data, estando computados no total de 68 (sessenta e oito) investigados, e diversos investigados que foram colocados em liberdade estão sendo novamente presos preventivamente na data de hoje, pela prática do crime de organização criminosa.

O organograma abaixo demonstra os integrantes das sete organizações criminosas, bem como as conexões entre as diferentes associações delitivas.

Referidas organizações criminosas são responsáveis por pelo menos 50 (cinquenta) eventos criminosos, especialmente roubos de cargas variadas (café, cerveja, grãos em geral, defensivos e insumos agrícolas, gado, cosméticos, papel, eletrodomésticos, entre outros), nas regiões acima citadas.

Foram oferecidas 11 (onze) denúncias em face dos investigados, sendo 7 (sete) pelo crime de organização criminosa, e 4 (quatro) por crimes praticados pelos integrantes das associações delitivas, estando em fase final de apuração pelo menos outros 30 (trinta) eventos criminosos, cujas ações penais serão deflagradas oportunamente.

Na presente data, 300 (trezentos) policiais militares, 6 (seis) Promotores de Justiça e 4 (quatro) auditores da Receita Estadual, com a utilização de 82 (oitenta e duas) viaturas, foram responsáveis pelo cumprimento dos mandados expedidos, nas oito cidades alvo da operação.

Os resultados da operação serão comunicados no encerramento do expediente, quando apurados todos os dados das ocorrências lavradas.

Os promotores de justiça responsáveis pela Operação Dominó são Daniel Marotta Martinez e Adriano Arantes Bozola.