Polícia Civil não descarta hipótese de que cervejaria tenha sido sabotada por ex-funcionário


A Polícia Civil confirmou que um funcionário demitido pela cervejaria Backer, em dezembro do ano passado, ameaçou de morte um superior dele no último dia 19, conforme boletim de ocorrência registrado pela empresa. Segundo a corporação, nenhuma linha de investigação é descartada, incluindo possível sabotagem na sede da fabricante de cervejas artesanais.

Desde o início da semana, são investigados casos de pacientes internados com sintomas de uma doença, ainda desconhecida, que provoca problemas renais e neurológicos. Até o momento, foram contabilizados 11 casos. Um deles resultou na morte de um homem em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.

Sobre o boletim de ocorrência referente à ameaça sofrida pelo funcionário da Backer, a PC informou que o conteúdo não será divulgado para não atrapalhar as investigações. Conforme o delegado, a vítima da ameaça registrou a ocorrência, mas não fez uma representação (o prazo para fazê-la é de seis meses) – processo necessário para levar a investigação adiante.

Mulher

último registro de paciente internado ocorreu em Viçosa, na região da Zona da Mata. A prefeitura da cidade informou que uma mulher, que não teve a idade revelada, deu entrada no Hospital Municipal São João Batista nessa quinta-feira (9), “com quadro clínico de doença renal e que a mesma afirma ter consumido cerveja Belorizontina”. A Secretaria de Estado de Saúde informou que ainda não foi notificada sobre o caso pela administração municipal de Viçosa.

A suspeita é de que a substância tóxica dietilenoglicol tenha causado o problema nos pacientes. O composto foi encontrado no sangue de três dos 11 pacientes e também em amostras de dois lotes da cerveja Belorizontina, produzida pela Backer.

A fábrica da Backer está interditada desde sexta-feira pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tomou a medida cautelar diante de “risco iminente à saúde pública”.

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