Segundo preso por morte e ocultação do corpo de mulher em Prata volta acusações ao tio


Mais um suspeito de envolvimento no homicídio de uma mulher de 44 anos, na cidade de Prata, no Triângulo Mineiro, foi preso em Gurinhatã. Carmem Sílvia foi morta com golpes possivelmente de marreta na cabeça e enterrada no quintal de uma casa no Bairro Mario Arantes.

Leandro de Almeida Cavalcante é o segundo suspeito deste assassinato, preso pela Polícia Militar (PM). O primeiro foi o tio dele, Francisco dos Santos Cavalcante, que confessou participação no crime, mas disse que quem matou foi o sobrinho Leandro, e ele teria “apenas” ajudado a enterrar o corpo e lavar a cena, pois estava suja de sangue. Depois voltou atrás e disse não ter envolvimento na ocultação do cadáver também.

Na versão de Francisco, Leandro teria dado marretadas na cabeça de Carmem Sílvia por causa de um desentendimento amoroso. Ela prestava serviço de lavagem de roupas na casa dos suspeitos e teria tido um relacionamento extraconjugal com o Leandro.

De acordo com a Polícia, Francisco tem passagem por homicídio em Teotônio Vilela, estado de Alagoas, no ano de 1986. Na época ele mudou o nome para Nilson Rodrigues da Silva para escapar do mandado de prisão pelo homicídio, mas também teve prolemas com a justiça com o novo nome e voltou a adotar a identidade real.

O irmão de Francisco, Pedro Cavalcante, também foi detido em Gurinhatã por porte ilegal de arma de fogo. Ele ainda tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio.

Leandro acusa o tio de ser o executor

Segundo o tenente Edson Roberto, da PM de Ituiutaba, Leandro confessa ter participado ativamente do crime, mas apenas para ocultar o cadáver. No entanto afirma que foi o tio quem executou a mulher com marretada na cabeça. Ele disse que tanto ele quanto o tio tinham um caso amoroso com a vítima Carmem Sílvia. Por ciúmes, Francisco matou a vítima e ameaçou Leandro de morte caso não ajudasse na ocultação do cadáver.

O crime foi descoberto na manhã do dia 22 de agosto. Pedreiros sentiram um forte odor vindo do imóvel de frente da obra em que trabalhavam. A casa era ocupada por dois colegas, que não apareceram para trabalhar naquela quarta-feira. Ao entrarem, perceberem que havia uma cova remexida nos fundos do quintal e acionaram a Polícia.

Os militares encontraram o cadáver de Carmen Sílvia Martins da Silva, que estava desaparecida desde o dia 20 de agosto. O corpo apresentava um corte profundo na região entre a nuca e a orelha esquerda da vítima. O caso ainda é investigado.