Suspeita de matar grávida acusa ex-companheiro de cometer o crime; familiares da vítima negam versão


Na última quarta-feira, 7, durante coletiva na Polícia Civil de Uberlândia, Aline Roberta Fagundes, de 38 anos, principal suspeita de ter assassinado a jovem Gabrielle Barcelos, de 18 anos e que estava grávida de oito meses, conversou com a imprensa e comentou a respeito de seu relacionamento com o antigo companheiro e deu sua versão do homicídio.

A suspeita afirmou que estava com o antigo companheiro, Eder Catarino, há 10 meses, e alegou que sofria certos abusos e estava sob pressão do homem para que ela engravidasse, o que fez com que ela forjasse a falsa gravidez. “Ele queria ter um filho. Ele raspou minha cabeça, to sendo maltratada há muito tempo”, disse Aline.

Apesar dos abusos que sofria, a suspeita disse que continuou o relacionamento com o antigo companheiro pelo fato dele ter aparecido em sua vida em um momento difícil.

“Gosto demais dele por que ele entrou em um momento decadente da minha vida, por que eu tentei suicídio esse ano, tentei suicídio várias vezes. Foi por amor (que cometeu o crime)”, disse.

Aline disse terminou o relacionamento com Eder há alguns dias após descobrir que ele era usuário de drogas. E o acusou de ser o mandante do crime e que ela apenas chamou a vítima até sua casa, ao dizer que doaria algumas roupas de bebê. A suspeita também disse que uma terceira pessoa participou do homicídio de Gabrielle.

Mas conforme relatado na última quarta-feira pelo Portal V9, a Polícia Civil afirmou que a suspeita modificou seu depoimento várias vezes e acredita que Aline arquitetou o crime por conta própria.

Familiares da vítima negam versão da suspeita

Em entrevista por telefone no programa Chumbo Grosso 2ª Edição, a tia de Gabrielle, Helia Maria da Silva, também acredita que Aline cometeu o crime sozinha.

“Ela manipulou o crime desde o começo, ela vinha cercando a Gabrielle de várias maneiras. A gente não tinha um contato muito extenso com ela (Aline), mas contava muito pra mãe dela (Gabrielle) que sempre a Roberta cercava ela. A Roberta sabia o dia que ela ia no médico, o dia que ela fazia pré-natal, o que ela fazia, tudo isso a Roberta sabia”, disse.

Helia também disse Eder não teve participação no crime. “(O Eder) não teve participação. Na hora do crime, o Eder estava no (Bairro) Tibery, almoçando na casa da mãe dele”, comentou.

Muitas pessoas chegaram a afirmar que teriam visto Eder carregando o bebê nos braços no momento do atendimento. Mas Helia acredita que se tratar do motorista do aplicativo Uber, que levou Aline e criança até a UAI do Bairro Planalto.

Já cunhada de Gabrielle, que é menor de idade, disse para a reportagem da TV Vitoriosa que viu a jovem pela última vez justamente no momento em que ela foi até a casa de Aline pegar as roupas de bebê.

Nesse momento, ela teria acompanhado um dos filhos da suspeita até um açougue próximo, e que quando retornou, Aline disse que ela não estava mais no local e foi até a casa de outra pessoa para pegar novas doações de roupas.

Informações: Camila Rabelo e Lourival Santos

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