Travesti conta detalhes na primeira audiência de como Greiciara foi assassinada


Mais um capítulo do caso Greiciara Belo Vieira, a jovem de 19 anos que foi morta e teve o bebê arrancado da barriga em uma cesariana clandestina na cidade de Ituiutaba, em agosto deste ano.

O advogado de defesa da travesti Lucas Mateus Silva, conhecida como Mirella Linhares falou por telefone com o apresentador Batista Pereira no Programa Chumbo Grosso 2ª Edição e contou detalhes repassados por sua cliente sobre como ocorreu o crime. De acordo com Aziz Mussa, Mirella foi instruída a não mentir e contar tudo o que viu e ouviu para o juri na primeira audiência, realizada nesta quinta-feira, 15, em Ituiutaba, onde o crime aconteceu.

Mussa relatou que a audiência foi normal, foram ouvidos três testemunhas e os seis réus e que o processo vai para alegações finais, ou seja, a decisão se os acusados vão a juri popular. O apresentador Batista Pereira perguntou para o advogado quem abriu a barriga da gestante Greiciara Belo Vieira para tirar a criança. “Segundo a Mirela foi a Jacira Santos de Oliveira, mas a enfermeira nega”, diz o advogado. Questionada sobre quem segurou a vítima, que ainda estava viva no momento do crime, a travesti disse ao advogado que os pés da jovem foram amarrados para a retirada da criança. E completou: “ela sofreu muito, o crime foi terrível “, afirma o advogado.

Shirley

Outro ponto importante na audiência que o advogado comenta é que a cabeleireira Shirley de Oliveira Benfica, nega que encomendou a morte da grávida e diz que só queria uma criança e que o Jhonatan Martins Ribeiro de Lima e a Mirela prometeram que conseguiriam arrumar um bebê para ela. Ela no entanto disse que não sabia como eles conseguiriam o bebê.

“Essa versão da Shirley não nos convence e também acredito que não vai convencer o Ministério Público”, afirmou.

Assassinato

A jovem Greiciara Belo Vieira, de 19 anos estava grávida de oito meses. Ela foi achada morta dentro de uma represa em Ituiutaba no dia 21 de agosto com os pés amarrados e havia uma tela de arame enrolada ao corpo juntamente com uma pedra, possivelmente para que a vítima afundasse na água. A moça ainda estava com o abdômen aberto, as vísceras expostas e em avançado estado de decomposição.