Laboratório brasileiro anuncia produção da vacina Sputnik V no país


A farmacêutica brasileira União Química anunciou que a produção da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, começará a partir da próxima 6ª feira (15.jan) no Distrito Federal, em Brasília. No entanto, todas as doses produzidas no Brasil serão exportadas para países da América Latina, como Argentina e Bolívia, que já registraram o imunizante.

De acordo com a União Química, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa conceder autorização para iniciar a fase 3 dos testes clínicos no país. Nesta etapa, a vacina é aplicada em voluntários para que a eficácia e possíveis efeitos colaterais sejam avaliados por especialistas.

Recentemente, a Anvisa solicitou à farmacêutica novos documentos para complementar a análise que, segundo o órgão, ainda não foram entregues. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, a União Química explicou que entregará as informações detalhadas ao longo desta semana.

Ainda segundo o laboratório brasileiro, após a etapa de produção, o imunizante será envasado e fracionado na cidade de Guarulhos, localizada na região metropolitana de São Paulo. O Instituto Butantan, responsável pela produção da Coronavac, obteve autorização da Anvisa para importar cerca de 6 milhões de doses para a China.

Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), encarregada de produzir a vacina de Oxford, vai importar 2 milhões de doses da Índia para que o governo brasileiro possa dar início a vacinação assim que o uso emergencial for autorizado.

Vacinação Rússia

A Rússia garantiu hoje que 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo receberam a vacina Sputnik V, financiada e pelo Fundo soberano russo (RDIF).

O porta-voz da RDIF Arseni Palaguine confirmou este número à imprensa internacional sem no entanto especificar em que países a vacina russa foi distribuída.

“Não podemos dizer quantos receberam na Rússia e quantos no resto do mundo”, disse.

A Rússia foi o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina contra o novo coronavírus, anúncio recebido com ceticismo pela comunidade internacional, que o considerou prematuro, antes mesmo do início dos ensaios clínicos em grande escala (fase 3) e a publicação dos resultados científicos.

SBT