Vigilância Epidemiológica apresenta plano de contingência do novo coronavírus


Nesta semana, a Vigilância Epidemiológica de Uberlândia apresentou aos profissionais da saúde da rede pública e privada o plano de contingência para possíveis casos suspeitos do coronavírus no município. A estratégia auxiliará no monitoramento, na assistência correta aos pacientes (com as medidas a serem adotadas nas unidades) e na segurança dos profissionais da saúde durante o manejo clínico.

O treinamento, segundo a coordenadora da Vigilândia Epidemiológica, Elaize Maria Gomes de Paula, vem como uma preparação para adotar a melhor conduta diante de possíveis casos suspeitos. “O Hospital de Clinícas da UFU é a referência determinada pelo Ministério da Saúde. Até o paciente chegar ao hospital, as unidades de saúde que são a porta de entrada precisam estar preparadas. Como não há vacina e tratamento específico para o novo agente do coronavírus, acionamos o nosso comitê a fim de padronizar o atendimento na rede pública e privada aos pacientes e garantir a segurança dos profissionais que estão na linha de frente”, destacou.

Durante o treinamento, foi discutido com os profissionais como será o acolhimento nas unidades, o uso de equipamentos individuais de segurança, como luvas, aventais, máscaras e óculos, a forma de isolamento, onde será feita a coleta de material e até a transferência dos pacientes, que deve ocorrer em um veículo com troca de ar durante o transporte. “Tudo é muito novo, ainda há muita dúvida entre todos. Então, seguindo a recomendação dos órgãos competentes, envolvemos todos os setores da saúde e elaboramos o plano de contingência com o máximo de segurança para os profissionais e pacientes”, destacou a coordenadora.

Novo coronavírus

O novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi descoberto no fim de dezembro de 2019 após ter casos registrados na China e em outros países, inclusive com duas notificações suspeitas no Brasil. O Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias, como no caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), provocado pelo SARS-CoV.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos infectados com o novo coronavírus desenvolve sintomas semelhantes aos da gripe e cerca de 20% progride para doenças mais graves, como pneumonia e insuficiência respiratória. As investigações sobre o novo vírus ainda estão em andamento, mas a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: espirro, tosse, gotículas de saliva, contato pessoal próximo ou por objetos ou superfícies contaminadas. Por este motivo, o médico da Vigilância Epidemiológica, Marcelo Sinício, explica quais são os principais cuidados.

“Um dos pontos chaves para se proteger, e isso serve principalmente para vírus de transmissão inalatória, é a etiqueta da tosse. É uma expressão utilizada para que tenhamos cuidado com a higiene no momento de tossir ou espirrar. É imprescindível usar lenço de papel ou tapar a boca com o antebraço, e não com as mãos, por exemplo. Quando não há esse cuidado, as gotículas podem se espalhar por todo o ambiente e contaminar outras pessoas”, orientou.

Veja abaixo outras recomendações:

– Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados.

Prefeitura de Uberlândia