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Medida dos EUA pressiona câmbio e ações de empresas brasileiras recuam nos mercados internacionais
O dólar à vista registrou forte alta nas primeiras negociações desta quinta-feira (10), subindo mais de 2% em relação ao real, em meio à reação do mercado à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao país.
Por volta das 9h08, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,6174, com valorização de 2,07% na venda. Já o contrato futuro do dólar com vencimento mais próximo, negociado na B3, avançava 0,33%, sendo cotado a R$ 5,630.
Na véspera, o dólar à vista já havia fechado com alta de 1,05%, encerrando o dia a R$ 5,5036.
Banco Central atua para conter volatilidade
Diante do movimento cambial, o Banco Central anunciou a realização de um leilão de até 35 mil contratos de swap cambial tradicional nesta sessão, com o objetivo de rolagem de contratos que vencem em 1º de agosto de 2025. A medida é vista como uma tentativa de suavizar a volatilidade no mercado de câmbio.
Ações de empresas brasileiras recuam nos EUA
A instabilidade também afetou os ativos de empresas brasileiras negociadas no exterior. Antes da abertura dos mercados nos Estados Unidos, ações de grandes companhias e bancos do Brasil apresentaram queda nas negociações preliminares desta quinta.
Papéis do Itaú Unibanco recuavam 2,7%, os do Santander registravam queda de 2,4% e a Petrobras caía cerca de 1%.
Analistas apontam que os indicadores de volatilidade cambial atingiram níveis elevados, comparáveis aos registrados em abril durante o chamado “Dia da Libertação”, quando o mercado reagiu intensamente a incertezas políticas e econômicas.