Avó é investigada em Capinópolis por suspeita de maus-tratos contra netos


Idosa teria obrigado crianças de 11 e 12 anos a permanecerem ajoelhadas sobre grãos de feijão. Polícia Civil apura o caso

Uma mulher de 69 anos é alvo de investigação da Polícia Civil em Capinópolis, no Triângulo Mineiro, após ser acusada de submeter os netos, de 11 e 12 anos, a maus-tratos. A denúncia aponta que a idosa obrigava as crianças a se ajoelharem sobre grãos de feijão como forma de castigo.

A Polícia Militar foi acionada na última quinta-feira (28) por meio de denúncia anônima. No local, os militares encontraram sinais da punição, além de marcas nos joelhos dos menores.

Vizinhos ouviram gritos

De acordo com o boletim de ocorrência, vizinhos acionaram a PM depois de ouvirem gritos por aproximadamente 30 minutos. A menina de 11 anos foi localizada na varanda, chorando e com o rosto inchado. Ela relatou ainda ter sido ameaçada pelo avô, que chegou a trancá-la em um dos quartos.

Durante a vistoria, os policiais encontraram feijões espalhados pelo chão da sala. As crianças confirmaram que o castigo era aplicado com frequência. A avó admitiu ter usado o método de punição após uma briga entre os irmãos, em que o menino teria ofendido a irmã.

Segundo os próprios avós, eles cuidam das crianças desde o nascimento. A família relatou que os dois netos fazem acompanhamento psicológico. O garoto tem diagnóstico de TDAH, transtorno desafiador de oposição, asma alérgica e síndrome do pé torto, enquanto a menina possui histórico de convulsões.

Prisão e investigação

A mulher foi presa em flagrante e encaminhada ao presídio feminino de Uberlândia. O avô, por sua vez, negou as agressões e afirmou que apenas tentou acalmar a situação. Durante a ocorrência, segundo o registro policial, ele se mostrou emocionado, enquanto os netos pediam que os avós não fossem levados.

A Polícia Civil confirmou que a prisão em flagrante foi ratificada pelo crime de maus-tratos contra adolescentes. Após audiência de custódia, a idosa obteve liberdade provisória, mas segue sendo investigada.