Cerrado Mapping Festival | Foto: divulgação
Evento une arte digital, projeções mapeadas e consciência ambiental em uma experiência imersiva gratuita
A previsão do tempo pode até não registrar, mas quem estiver em Uberlândia nos dias 11, 12 e 13 de setembro, das 18h às 22h, vai testemunhar um fenômeno raro: fachadas de prédios ganhando vida, árvores se tornando telas de projeção, esculturas luminosas brotando no meio da mata e constelações desenhadas por lasers sobre o céu da cidade.
É assim que o Cerrado Mapping Festival chega pela primeira vez à cidade, propondo uma imersão sensorial e artística de tirar o fôlego, misturando tecnologia, natureza e consciência ecológica.
Arte para todos
Com entrada gratuita, o festival ocupará dois dos principais pontos de Uberlândia — a Praça Clarimundo Carneiro e o Parque do Sabiá — com instalações interativas, projeções mapeadas gigantes, esculturas luminosas, trilhas de luz, lasers e performances visuais criadas por artistas do Brasil, da Europa e da cena local.
A proposta é transformar os espaços urbanos e naturais em uma grande galeria a céu aberto, capaz de encantar públicos de todas as idades e formações.
Com o tema “Raízes profundas: a floresta de cabeça pra baixo”, o festival propõe uma imersão sensorial na beleza e na importância do Cerrado, o bioma mais ameaçado do Brasil. Tudo isso com uma linguagem artística contemporânea e acessível, que mistura natureza, luz e consciência ecológica.
Instalações que integram arte e natureza
Entre os dias 11 e 13 de setembro, das 18h às 22h, o Parque do Sabiá se transforma em uma galeria imersiva ao ar livre. Será possível caminhar por trilhas iluminadas por tubos de LED que simbolizam os fluxos subterrâneos de água. Árvores terão troncos e copas projetadas com imagens em movimento, esculturas de madeira serão integradas à vegetação, pequenos vagalumes luminosos flutuarão nos galhos e lasers atmosféricos vão desenhar constelações sobre a mata — em uma experiência comparável à aurora boreal.
No Dia Nacional do Cerrado, 11 de setembro, haverá uma abertura oficial às 19h, seguida de show com Luiz Salgado, das 19h30 às 20h30, celebrando o bioma com música e poesia.
Nos dias 12 e 13 de setembro, também das 18h às 22h, a Praça Clarimundo Carneiro será tomada por espetáculos de video mapping, técnica que transforma fachadas em grandes telas de projeção sincronizadas com som, luz e efeitos visuais. É como se os prédios respirassem e contassem histórias através da imagem e do som.
Entre os artistas confirmados estão nomes com trajetórias internacionais: VJs Eletroiman, Homem Gaiola, Leandro Vigas, coletivo Mamba Negra Visuals, o espanhol Kike Ramírez, com passagens por festivais em Barcelona, e o uberlandense Adriano Siqueira, com trajetória em videoarte e experimentações visuais.
A estrutura técnica contará com torres de laser de alta potência, sistema de som sincronizado, praticáveis para DJs e painéis de LED de última geração.
Formação artística e trocas criativas
Além dos espetáculos visuais, o Cerrado Mapping também propõe uma programação formativa. O Workshop de Video Mapping, com carga horária de seis horas, acontece nos dias 9 e 10 de setembro, voltado a universitários das áreas de artes visuais e comunicação. Os participantes terão contato com técnicas, bastidores e exemplos reais de artistas do Brasil e da Espanha.
Nos dias 11 e 12, acontece o Visual Brasil Meeting, uma roda de conversa e apresentação de projetos com artistas do festival, voltada para estudantes, criadores locais e interessados em arte e tecnologia.
Arte, bioma e comunidade conectados
Criado em 2020, o Cerrado Mapping Festival já aconteceu na Vila de Santa Bárbara, no município de Augusto de Lima, no Norte de Minas, por três anos, chega agora em Uberlandia e pretende seguir para outras cidades mineiras e do Brasil. “Ao trazer o festival para Uberlândia, queremos não apenas encantar o público, mas também provocar um olhar mais sensível sobre o bioma que dá nome ao evento”, conta Bernardo Brant, um dos organizadores do Cerrado Mapping Festival.
Idealizado pela Oficina de Imagens e o Darklight Studio, com patrocínio do Grupo Algar, via da Lei Estadual de Incentivo à Cultura/Governo de Minas Gerais, o Cerrado Mapping Festival reforça que é possível gerar impacto cultural e social por meio da arte, valorizando os biomas brasileiros e ampliando o repertório da população. O evento tem apoio Prefeitura de Uberlândia e UFU.
A programação completa está disponível no site www.cerradomappingfestival.com
