Conta de luz ficará mais cara em agosto: Aneel aciona bandeira vermelha patamar 2


Conta de luz terá novo aumento em agosto com bandeira vermelha patamar 2, a mais cara do sistema, devido à baixa nos reservatórios e uso intensificado de termelétricas.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, a partir de agosto, a bandeira tarifária será vermelha patamar 2 — o nível mais alto do sistema. Com isso, os consumidores pagarão uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. A medida foi tomada diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o que obriga o acionamento de usinas termelétricas, que geram energia a um custo mais elevado.

O país atravessa um período de afluências abaixo da média, o que afeta diretamente a geração de energia nas hidrelétricas, principal fonte do sistema elétrico brasileiro. Para garantir o abastecimento, as termelétricas estão sendo utilizadas com mais intensidade, aumentando o custo da produção e, consequentemente, impactando a conta do consumidor.

A mudança ocorre após dois meses em bandeira vermelha patamar 1. Entre dezembro de 2024 e maio de 2025, o cenário era mais favorável, com a bandeira verde em vigor, o que significava geração com baixo custo e sem cobrança extra nas tarifas.

Entenda o sistema de bandeiras tarifárias

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma forma de indicar aos consumidores as condições de geração de energia no país. Ele permite que a população tenha conhecimento prévio sobre possíveis aumentos nos custos da conta de luz, incentivando o uso consciente.

Confira o que representa cada bandeira:

  • Bandeira verde: Sem cobrança adicional.
  • Bandeira amarela: Pequeno acréscimo na tarifa.
  • Bandeira vermelha patamar 1: Custo elevado.
  • Bandeira vermelha patamar 2: Custo muito elevado, com maior acréscimo na conta.

Ao sinalizar o momento de maior pressão no sistema elétrico, a bandeira vermelha patamar 2 serve de alerta para que os consumidores adotem práticas de economia, como evitar o uso excessivo de aparelhos elétricos e reduzir o tempo de banho quente, por exemplo.

Antes da criação do sistema, os aumentos tarifários eram percebidos apenas nos reajustes anuais, sem que o consumidor tivesse acesso às informações em tempo real sobre a situação do setor elétrico.