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Enquanto a derrubada de árvores caiu levemente, a degradação florestal disparou 11 mil por cento, puxada por queimadas e exploração madeireira
O desmatamento na Amazônia Legal teve uma leve queda de 6% em maio de 2025, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Foram detectados 295 km² de área desmatada, o equivalente a cerca de 951 campos de futebol por dia, contra 314 km² no mesmo mês de 2024.
Apesar da redução, os estados do Amazonas (31%), Mato Grosso (30%) e Pará (25%) concentraram a maior parte da devastação, totalizando 86% do desmatamento registrado no período.
Além das áreas florestais abertas, o relatório também aponta avanço do desmatamento em regiões protegidas. Quatro das Terras Indígenas mais afetadas estão no Amazonas, enquanto o Pará abriga quatro das Unidades de Conservação com maiores perdas vegetais.
“O Amazonas e o Pará tem grandes extensões territoriais de florestas e historicamente suas matas são ameaçadas. É fundamental que os governos estaduais juntamente com o governo federal intensifiquem as ações de combate a esse crime ambiental, especialmente nas áreas protegidas”, pontuou Manoela Athaide, pesquisadora do Imazon.
Degradação florestal explode em 2025
Apesar da queda no desmatamento, os dados revelam um aumento alarmante na degradação da floresta, causada principalmente por queimadas e extração de madeira. Em maio de 2025, foram registrados 679 km² de áreas degradadas, um salto expressivo em relação aos 6 km² do mesmo período do ano passado, crescimento de mais de 11 mil por cento.
Fonte: IMAZON
O Pará lidera o ranking da degradação, sendo responsável por 56% das áreas afetadas. O estado concentra seis dos dez municípios com maior impacto ambiental. Rondônia, Maranhão e Mato Grosso completam a lista.
No acumulado do calendário de desmatamento (agosto de 2024 a maio de 2025), a área degradada alcançou 34.717 km², número recorde na série histórica, representando uma alta de 302% em relação ao ciclo anterior.
