É tempo de… Mundial!


Por João Victor Constantino

“O cemitério do futebol está cheio de favoritos”, e ontem (19), os coveiros do esporte enterraram mais um. A frase dita pelo técnico Renato Paiva passou despercebida, até se revelar uma profecia que se realizaria no estádio Rose Bowl.

No Davi contra Golias do futebol, Igor Jesus fez frente ao paredão Italiano Gianluigi Donnaruma, que atônito estava ao ver o Super Sayajin do Glorioso passar entre Beraldo e Pacho. Este último, que nada errou em 89 minutos, ao se dar conta, percebeu que a bola já estava no fundo da rede. Vitinha, quando perguntado sobre quem era Marlon Freitas, afirmou desconhecer. O mageense então, apresentou com uma classe magistral, suas credenciais. Jhon, tão criticado por ter ficado parado em um lance vestindo outra camisa, se tornou o pesadelo que, de forma traiçoeira, entrou na mente do melhor ataque do mundo. Ataque esse que fez pressão, incendiou e quase nada queimou o catenaccio carioca.

Ser melhor não é sinônimo de saber jogar jogo grande, o Botafogo Futebol e Regatas não sentiu pressão e mostrou que soube jogar, por saber anular uma equipe cujo a força via de um meio de campo impecável. A sorte não deve ser recurso pra um time, mas ela anda com o campeão. Fator que parecia não estar presente com o alvinegro, ao levar em campo as decisões da arbitragem. Mas aquele que soube machucar o intocável, soube não sofrer danos.

Após 13 anos, uma equipe brasileira volta a vencer um europeu em uma competição de mundial de clubes FIFA. Paolo Guerreiro foi o responsável pelo gol da vitória uma década atrás, é o algoz desta vez. A escola de futebol sul-americana está se fortalecendo novamente , em tempos de um jogo cada vez mais eurocentrista, é tempo de Botafogo.