Após passar por rivais da Copa do Brasil, Cruzeiro reencontra Flamengo para manter escrita


Alex fez belo gol de letra no jogo de ida da decisão da Copa do Brasil de 2003, contra o Flamengo Fonte: Arquivo/Estado de Minas

A cobrança convertida por Thiago Neves diante do Grêmio, na vitória por 3 a 2 nas penalidades – 1 a 0 no tempo normal -, carimbou o passaporte do Cruzeiro para a sétima final da Copa do Brasil. O adversário será o Flamengo, reeditando a decisão da mesma competição em 2003. Enfrentar antigos rivais finalistas do torneio na atual edição não é novidade para a Raposa.

Até aqui, a equipe celeste eliminou o São Paulo (finalista em 2000), Palmeiras (finalista em 1996), e, por último o Tricolor gaúcho (finalista em 1993). Agora, os comandados do técnico Mano Menezes tentam manter o bom histórico para conquistar o sonhado pentacampeonato da Copa do Brasil.

Contra o Grêmio, por exemplo, as coincidências vão além da campanha do Cruzeiro nesta Copa do Brasil. Na noite dessa quarta-feira, a Raposa entrou em campo com a camisa branca, mesma cor que os jogadores vestiam na conquista da edição de 1993. Há 24 anos, o clube celeste foi campeão com uma vitória sobre o Tricolor gaúcho por 2 a 1, no Mineirão, gols de Roberto Gaúcho e Cleison. O jogo de ida, em Porto Alegre, ficou empatado sem gols.

Antes de enfrentar o Grêmio na semifinal deste ano, o Cruzeiro eliminou o Palmeiras nas quartas. As equipes decidiram a Copa do Brasil de 1996. O primeiro jogo foi no Mineirão. A intenção da Raposa era construir boa vantagem diante do seu torcedor, mas o alviverde levou o empate por 1 a 1 para São Paulo. No Palestra Itália, a equipe celeste sofreu gol do atacante Luizão, aos cinco minutos. Mas Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos viraram o placar e garantiram o bicampeonato da competição. Em 2017, um 3 a 3 fora de casa e um resultado igualitário em Belo Horizonte (1 a 1) classificaram o Cruzeiro para a semi.

O primeiro grande adversário do Cruzeiro nesta Copa do Brasil foi o São Paulo, ainda pela quarta fase da competição. A Raposa eliminou o Tricolor depois de vencer no Morumbi por 2 a 0 e perder no Mineirão por 2 a 1. Em 2000, as equipes estavam frente a frente na finalíssima do torneio. Um empate sem gols em solo paulista trouxe a vantagem celeste para Minas Gerais. Só que os visitantes abriram o placar na segunda etapa, com Marcelinho Paraíba, aos 20min. Mas Fábio Júnior empatou aos 35min. E Geovanni, aos 44min, marcou o gol do título em cobrança de falta que desviou na barreira são-paulina e enganou Rogério Ceni.

Agora, Cruzeiro e Flamengo reeditarão a finalíssima da Copa do Brasil de 2003. O jogo de ida daquele ano foi disputado no Maracanã. Alex, com uma letra, silenciou 70 mil rubro-negros. A bonita jogada com assistência de Deivid abriu o placar para a Raposa, que levou o empate aos 48min do segundo tempo, gol de Fernando Baiano. No duelo de volta, no Mineirão, o Cruzeiro fez 3 a 0 em 28 minutos, com gols originados de cruzamentos de Alex – Deivid, Aristizábal e Luisão marcaram de cabeça. O Flamengo até diminuiu o placar, novamente com Fernando Baiano, mas não houve tempo para a reação. A equipe celeste se sagrou tetracampeã da competição.

Coincidências à parte, o Cruzeiro agora luta para igualar ao Grêmio como um dos maiores vencedores de Copas do Brasil, já que o Tricolor gaúcho se sagrou pentacampeão no ano passado.

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