Em resposta a feministas que pediram saída de Robinho, grupo de torcedoras do Atlético faz manifestação de apoio ao jogador


Faixa em apoio a Robinho foi exposta em frente à sede administrativa do Atlético, no bairro de Lourdes Fonte: Reprodução/Twitter

Após torcedoras feministas do Atlético protestarem contra o Galo pedindo um posicionamento sobre o caso envolvendo o atacante Robinho, no começo da semana, outro grupo de atleticanas demonstrou apoio ao camisa 7 do time alvinegro. Na manhã desta quinta-feira, uma faixa foi exposta, também em frente à sede administrativa do clube, no bairro de Lourdes, pedindo respeito à história do jogador.

Na faixa exposta nesta manhã, as torcedoras intituladas como “Atleticanas da Arquibancada” afirmaram que “os fatos particulares de jogadores são de responsabilidades dos mesmos”, rebatendo o protesto do grupo feminista que declarou, também por meio de cartazes, que “o silêncio do Atlético é violento”, além dos pedido de saída do jogador: “Não aceitaremos estupradores”. Tudo em alusão à condenação de Robinho pela Justiça italiana a nove anos de prisão, por crime de ‘violência sexual em grupo’.

Uma das torcedoras que teve a ideia da faixa em apoio a Robinho conversou com o Superesportes. Ela defende que o caso pessoal do atacante seja separado do Atlético e quer a permanência do camisa 7 até que o fato seja definitivamente apurado.

“Criou uma certa revolta falando que estuprador tem que ser preso, etc, mas é aquilo: ‘Faço alguma coisa errada na minha vida particular, minha empresa não tem nada a ver’. Até que os fatos sejam devidamente apurados, queremos o Robinho no Galo. Não tem a ver que a gente é a favor do estupro, ou não. A gente pensa no Atlético e não no jogador. O Galo até pode dar uma postura, mas é problema dele”, declarou.

Confira a mensagem da faixa na íntegra: “Acreditamos que os fatos particulares de jogadores são de responsabilidade apenas dos mesmos. Respeitamos a história de Robinho. Tamo Junto. Aqui é Galo” (sic.).

Condenação de Robinho

Robinho foi condenado no dia 23 de novembro. A pena de nove anos foi estabelecida por Mariolina Panasiti, que preside a 9ª vara do tribunal de Milão, na Itália. O caso ocorreu em 22 de janeiro de 2013, quando o atacante defendia o Milan.

Robinho foi condenado por abusar de uma jovem albanesa, de 22 anos. O tribunal considerou que o atacante participou do ato ao lado de outras cinco pessoas. O atacante do Atlético pode recorrer em seguidos níveis na Justiça italiana. Enquanto a condenação final não é determinada, a pena não é aplicada. Com isso, ele responde o caso em liberdade.

Posicionamento de Robinho

Por meio da advogada Marisa Alija, Robinho se posicionou oficialmente sobre o caso.

“Sobre o assunto envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclareço que meu cliente já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio. Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância”, diz a nota, que também foi publicada nas redes sociais do jogador.

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