Estádio do Galo: 18 de setembro de 2017, o dia que pode mudar a história do clube


Fonte: Reprodução Internet

Na Europa e nos Estados Unidos a maioria dos clubes de futebol tem um estádio para chamar de seu. No Brasil, é um desejo perseguido por muitos. O objetivo é ter casa própria para potencializar e se apropriar de todas as receitas que giram em torno do espetáculo (bares, comida, bebida, ticket, estacionamento etc.) e aumentar a competitividade.

Este sonho se torna cada vez mais real para o torcedor do Atlético. Com o projeto e a proposta prontos, nesta segunda-feira foi publicado o edital de convocação (página 8 do primeiro caderno do jornal Estado de Minas) do Conselho Deliberativo do clube, assinado pelo presidente Rodolfo Gropen, convocando os membros para reunião extraordinária em 18 de setembro, a partir das 8h30, na sede de Lourdes. A reunião foi pedida pelo presidente do clube, Daniel Nepomuceno, para que seja feita a apresentação do projeto de construção do Estádio do Galo, de suas respectivas fontes financeiras e a incorporação do bem ao patrimônio social do clube.

Os conselheiros vão votar, de forma aberta e nominal, autorização para a celebração de contrato de construção e incorporação da arena esportiva, bem como das demais propostas contratuais que lhe dão viabilidade econômica. Eles decidirão também sobre a autorização para alienação parcial de ativo imobiliário e sua operação com finalidade vinculada ao projeto de construção da arena atleticana.

O Galo está a poucos passos de fazer o que a atual direção considera como o melhor negócio da sua história, que é continuar proprietário de metade de um dos principais shoppings da cidade, o DiamondMall, e ainda ter 100% de sua própria arena, sem tirar nenhum centavo das suas receitas. O clube conseguiu negociar com a Multiplan a proposta de R$ 250 milhões por 50,1% do shopping, continuando ela, a Multiplan, com a gestão (como foi desde o começo) e dando ao Atlético a garantia do poder de veto, segundo explica Pedro Tavares, diretor de planejamento do Atlético. Esse valor de R$ 250 milhões, aliado aos R$ 100 milhões da venda de quase 5 mil cadeiras cativas (60% desse valor já garantido pelo BMG) e somado aos R$ 60 milhões do naming rights (também praticamente já garantidos), é que possibilitará ao Galo construir a sua arena 100% própria e sem retirar nenhum real do seu caixa.

Com a nova casa, a expectativa do clube é que o Atlético fidelize ainda mais a sua torcida. O terreno fica no Bairro Califórnia, Região Noroeste da capital, e próximo a regiões densamente povoadas, como o Barreiro e as cidades de Contagem e Betim. São cerca de um milhão e seiscentas mil pessoas morando ao redor do estádio, a ser erguido em terreno de 56 mil metros quadrados, doado pela MRV, em plena Via Expressa. Ao lado do Anel Rodoviário, a poucos metros de uma estação do metrô e com muitas linhas de ônibus passando na porta.

GERAL DE VOLTA

Com a nova arena, o Atlético quer resgatar torcedores que têm ido pouco aos estádios depois das reformas para a Copa do Mundo de 2014, que elitizaram muito os palcos do futebol. A proposta é realizar setorização e precificação dos ingressos, viabilizando a prática de preços populares em alguns setores. Seria a volta da “geral”, convivendo com as cadeiras e camarotes.

A intenção é que o novo estádio do Galo se transforme em um verdadeiro caldeirão, que intimide o adversário com o calor da massa (a primeira fileira de cadeiras ficará a 6m do gramado). A capacidade será de 41.800 torcedores.

Como exemplo, a direção do clube enfatiza a conquista da Juventus, que, depois de construir sua nova arena (considerada a mais moderna do mundo), viu suas receitas se multiplicarem, a torcida presente maciçamente e a comemoração de resultados históricos: seis vezes campeã italiana nos últimos seis anos.

Superesportes