Gols importantes, polêmica e o adeus: o fim do contrato de Robinho com o Atlético


Robinho decidiu clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão; agora, ele deixa o clube após dois anos Fonte: Bruno Cantini/Atlético-MG

O dia 11 de fevereiro de 2016 foi marcante para Atlético, Robinho e torcedores. Naquela data, o então presidente alvinegro Daniel Nepomuceno anunciou a contratação do ex-jogador de Santos, Real Madrid, Milan e Manchester City. Começava ali uma história de alegrias, gols importantes e polêmica. A trajetória se encerra neste domingo, 31 de dezembro de 2017.

O contrato do atacante chega ao fim no último dia do ano. A partir de 1º de janeiro, Atlético e Robinho não têm mais vínculo formal. O clube alvinegro chegou a apresentar uma proposta para renovação ao camisa 7. A oferta previa redução salarial e um acordo válido por duas temporadas.

O estafe de Robinho, entretanto, afirma que o Atlético estabeleceu um prazo curto para a resposta à proposta. Com isso, as negociações não avançaram. De acordo com a advogada Marisa Alija, que representa os interesses do camisa 7, não há outra oferta alvinegra.

Robinho ainda não definiu onde atuará a partir de 2018. O Santos, clube que o atacante defendeu em três passagens, se apresenta como uma das possibilidades. Jogar no exterior também é uma opção cogitada.

O tempo de Galo

No Atlético, Robinho teve uma temporada de estreia arrasadora. Foi artilheiro do Campeonato Mineiro e importante peça na campanha do vice-campeonato da Copa do Brasil (3 gols) e quarto lugar no Campeonato Brasileiro (12 gols e oito assistências). O camisa 7 encerrou 2016 como artilheiro do país (25 gols) e líder de assistências do Galo (10). No ano, ele balançou as redes em momentos decisivos, como na semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional, e de vitórias cruciais no Brasileirão.

Em 2017, a magia de Robinho não se repetiu. No começo do ano, Robinho não se exibiu em bom nível, mas marcou gols importantes, como na final do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro. Pouco depois, amargou o maior jejum de gols da carreira. Foram 23 partidas sem marcar e banco de reservas com o técnico Rogério Micale. Na estreia de Oswaldo de Oliveira, contra o Atlético-PR, ele garantiu a vitória alvinegra ao balançar as redes duas vezes. Foram seis gols sob o comando do novo treinador (dois deles garantiram vitória em clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão), confirmando o seu melhor momento na temporada. Ele encerrou o ano com 13 gols e 10 assistências.

Robinho encerrou sua passagem pelo Atlético com 109 jogos, 35 gols e 20 assistências.

Polêmica

Em novembro de 2017, Robinho viveu um dos momentos mais complicados da trajetória no Atlético. O atacante foi condenado em primeira instância pela Justiça italiana por ‘violência sexual’ contra uma jovem albanesa em 2013. De acordo com a sentença, o caso, que também envolveu outras cinco pessoas, ocorreu em Milão. A advogada Marisa Alija assegura que o jogador é inocente.

A situação ocasionou protestos contrários e favoráveis a Robinho e à atitude tomada pelo clube alvinegro, que preferiu não se posicionar publicamente sobre o tema.

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