Dona Maria fala da apreensão de seu carrinho e sobre trabalho


A reportagem da TV Vitoriosa foi até a casa de Dona Maria, que teve seu carrinho de balas e doces apreendido no último dia 6, em um caso que gerou a revolta da população de Uberlândia. Ela comentou a respeito do ocorrido e também sobre o seu trabalho na porta da Escola Municipal Leônidas de Castro Serra.

Dona Maria, que se chama, na realidade, Claricina Evangelista, disse que no dia do ocorrido, ela foi abordada por policiais, que lhe disseram que não poderia vender nada na porta da escola. A idosa tentou argumentar com os PM’s, mas eles levaram seu carrinho e suas mercadorias, deixando apenas seus pertences.

Ela disse que pensou que fosse morrer após ver a apreensão de seu carrinho, que diz gostar bastante, e agradeceu a ajuda de um pastor e sua esposa, que lhe prestaram apoio durante o ocorrido. A idosa conseguiu recuperar seu carrinho e suas mercadorias no início da última semana.

Ajuda para o marido

Dona Maria é considerada uma das pioneiras do Bairro Luizote de Freitas, e vende suas balas e doces no local há mais de 30 anos. E diz que faz isso para dar uma ajuda para o seu marido, Noé, que é aposentado pelo Ipremu e recebe, aproximadamente, um salário mínimo por mês.

“Eu achei muito triste aquilo. Uma pessoa de idade, pelejando com a vida. Tantas pessoas fazendo mal por aí, crime, bandidagem, esses coisas aí. Agora uma pessoa que ta trabalhando e idosa e eles implicam, eu acho isso esquisito”, disse Noé, a respeito da apreensão.

A idosa diz que continuará a vender suas mercadorias na porta da escola, e garante que o mais importante, para ela, é estar próxima das crianças. “Eu tenho que ficar lá, eu gosto de estar lá, adoro. Quando as crianças vêm perto de mim, nem que eles não comprem, mas eu fico feliz de ver eles (sic)”, comentou.

Informações no local: André Silva

https://www.youtube.com/watch?v=OryZmbfTLPM

https://www.youtube.com/watch?v=8D3FgyOI_YE