‘Marta Golpista’: a uberlandense que se tornou hit na internet Brasil afora


Marta Maria Mendes de Paula é uma autônoma de 51 anos de idade que ficou conhecida em Uberlândia pelo apelido de “Marta Golpista”, por conta de golpes que teria aplicado em comerciantes da cidade. No entanto, sua fama foi muito além dos limites do município: ela se tornou conhecida em todo o Brasil e virou alvo de paródias, memes e brincadeiras internet afora.

“Marta Golpista” se tornou conhecida após ser presa, em 2010, por estelionato. Na época, ela foi entrevista pela jornalista Cássia Bomfim, que relatou como foi seu primeiro encontro com a famosa residente de Uberlândia.

“Eu recebi uma informação de fontes de que essa mulher estaria aplicando o famoso 171, o golpe. Fuça daqui e ali e conseguimos falar com ela. Mas ela é tão cínica, ela falou ‘eu não enganei ninguém não’. Foi um caso que seria cômico se não fosse trágico”, disse.

Mesmo após ser presa, muito comerciantes de Uberlândia relataram que Marta continuava aplicando golpes pela cidade, o que resultou na criação de uma página de alerta nas redes sociais. E a partir daí, “Marta Golpista” começou a ganhar fama por todo o país e se tornou alvo de diversas brincadeiras e piadas na internet, como paródias, memes e montagens.

Entrevista com a “Marta Golpista”

O repórter Everton Fernandes conseguiu encontrar Marta andando pelo Centro de Uberlândia recentemente, e a autônoma aceitou conversar. Em um primeiro momento, disse que não faz muita questão da fama que ganhou.

“Não dá nem pra explicar por que as pessoas fazem isso. Acho que se cada um cuidasse da vida, Deus fala isso mesmo, que cada tem uma vida pra cuidar dela. Eu acho que é uma invasão, é algo que se divertem com isso, é algo ruim”, disse.

Marta também comentou a respeito dos golpes que teria aplicado em Uberlândia.

“Eu não considero um golpe. A pessoa me vendeu, não há uma coisa que a pessoa foi obrigada. E há meios legais para as pessoas resolverem isso, tem a justiça, tem advogado, mas resolveram partir pra um lado braçal, físico, que eu acho que não é assim. Eu devo, sim, mas acho que nada justifica isso”, afirmou.

Por fim, apesar das brincadeiras que escuta diariamente pela cidade, Marta garante que já conseguiu superar isso e também questiona os exageros cometidos por algumas pessoas.

“Eu superei, graças a Deus, eu tenho uma paz interior muito grande. Eu não deixo de sair por conta disso, não deixo de ir a lugar público por causa disso. Faço minhas compras no supermercado, vou a restaurante, acho que tenho o direito de ir e vir. Passei perto de uma loja esses dias, um local de trabalho, lugar que a pessoa deveria estar vestindo a camisa, respeitando lugar de trabalho. Eles saíram na porta pra falaram comigo. Nesse dia, tive de voltar e falar pra eles respeitarem o lugar, que eles estavam trabalhando, que a pessoa tem de ter o mínimo de senso, que isso é ridículo”, finalizou.

Informações: Everton Fernandes