Julgamento do caso da família Monare acontece em Araguari quase sete anos após acidente na BR-050


Tragédia aconteceu em outubro de 2018, na BR-050, trecho entre Araguari e Uberlândia

O Tribunal do Júri da Comarca de Araguari iniciou nesta quarta-feira (24) o julgamento da motorista acusada de provocar o acidente que resultou na morte de três integrantes da família Monare, em outubro de 2018, na BR-050, trecho entre Araguari e Uberlândia. A sessão ocorre no Fórum local e deve se estender durante todo o dia.

A ré, que tinha 21 anos na época do fato, pode responder por três homicídios qualificados, direção perigosa e uma tentativa de homicídio, já que o filho mais novo do casal sobreviveu. As investigações apontaram que ela dirigia sem habilitação e sob efeito de álcool após sair de uma festa em Uberlândia, onde havia consumido bebidas alcoólicas e, possivelmente, drogas.

Segundo o inquérito policial, o carro conduzido pela jovem invadiu a pista em que seguia o veículo da família Monare, provocando a colisão. Alessandro Monare, de 38 anos, sua esposa Belkis, de 35, e o filho mais velho do casal, Samuel, de 8 anos, morreram em decorrência do impacto. O caçula, Benjamin, então com 6 anos, conseguiu escapar do automóvel e foi encontrado por um caminhoneiro dois dias depois, às margens da rodovia.

O caso teve grande repercussão nacional pela gravidade do acidente e pela história de sobrevivência da criança, que passou horas ao lado dos corpos dos pais e do irmão até conseguir pedir ajuda.

O Ministério Público sustenta que houve imprudência e negligência por parte da acusada, o que levou a denúncia para a esfera do Código Penal, e não apenas do Código de Trânsito Brasileiro. A defesa, por sua vez, deve tentar desclassificar o crime ou buscar atenuantes.


Relembre os pontos do caso

  • O acidente ocorreu em 7 de outubro de 2018, no trecho da BR-050 entre Araguari e Uberlândia.
  • A família Monare voltava de viagem a Caldas Novas (GO) em direção a Campinas (SP).
  • Três pessoas morreram: Alessandro Monare (38), Belkis Monare (35) e o filho Samuel (8).
  • O único sobrevivente foi Benjamin, de 6 anos, encontrado dois dias depois por um caminhoneiro.
  • A motorista acusada não possuía habilitação, havia ingerido álcool e, segundo apuração, saiu de uma festa momentos antes do acidente.
  • O delegado responsável indiciou a jovem por três homicídios qualificados e uma tentativa de homicídio.
  • O processo tramita na 1ª Vara Criminal de Araguari e chega agora à fase de julgamento no Tribunal do Júri.

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