Governo publica medida provisória com alternativas ao aumento do IOF


Medida Provisória criticada por parlamentares de oposição precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em 120 dias

governo federal publicou na noite desta quarta-feira (11), em edição extra do Diário Oficial, a medida provisória (MP) com alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O texto traz mudanças para recalibrar o decreto do IOF. As alterações já haviam sido anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas precisavam passar pelo aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma das mudanças é o fim da isenção de Imposto de Renda (IR) de títulos como LCA, LCI e CRI, que passam a ser tributados em 5% a partir de 2026. Aplicações financeiras agora terão alíquota única de 17,5%, diferente da tributação atual que varia entre 15% e 22,5%. Já a taxação das bets sai de 12% para 18% — sendo 6% para saúde.

A MP tem 120 dias para ser aprovada pelo Congresso Nacional, caso o prazo não seja cumprido, perde a validade.

Nesta quarta, o ministro Haddad participou de uma audiência pública das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, que foi encerrada após uma confusão entre os parlamentares e ofensas ao ministro.

Também nesta quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez críticas ao direcionamento da economia brasileira, afirmando que o Brasil “caminha para a ingovernabilidade” e que “o governo precisa fazer o dever de casa do ponto de vista fiscal”.

Ao criticar o Executivo, também afirmou que “não estou à frente da presidência da Câmara para servir a projeto político de ninguém”.

Na segunda-feira (9), Motta já havia afirmado que o Congresso Nacional não tem compromisso de aprovar a medida provisória (MP) que com alternativas ao aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

Reprodução SBT News