Operação Dominus: Ofensiva em 23 presídios de Minas Gerais mobiliza 2 mil policiais penais


A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) deflagrou, na manhã desta terça-feira (23), a Operação Dominus. A ação visa desarticular grupos criminosos que utilizam o sistema prisional como base para fortalecimento e expansão de organizações criminosas de maior alcance.

A operação, coordenada pela Polícia Penal de Minas Gerais com o apoio das polícias Civil e Militar, teve início às sete horas da manhã. O trabalho ocorre simultaneamente em 23 unidades prisionais do estado, abrangendo uma população carcerária superior a 17 mil detentos.

Para garantir a segurança e a eficácia das vistorias, a ofensiva conta com um efetivo de cerca de 2 mil policiais penais empenhados e utiliza drones para o monitoramento e a vigilância aérea das unidades. Além disso, a operação baseia-se em dados de inteligência, com alvos identificados previamente pelo setor especializado da Polícia Penal para orientar as ações.

Segundo a Sejusp, o foco principal é interromper a comunicação e a atuação de núcleos criminosos dentro dos presídios por meio de medidas rigorosas. Para isso, as equipes realizam revistas minuciosas em celas com o objetivo de localizar objetos proibidos, o que resulta na apreensão de materiais ilícitos, como aparelhos celulares, entorpecentes ou armas artesanais. Além disso, a operação promove a transferência estratégica de presos, uma tática utilizada para desestabilizar a hierarquia das organizações criminosas.

Embora a operação ainda esteja em curso em diversas regiões do estado, o impacto nas unidades prisionais é acompanhado em tempo real pelas autoridades de segurança. Até o momento, a Sejusp não divulgou um balanço oficial com o total de apreensões ou o número de transferências efetuadas.

A Polícia Penal reforça que a continuidade dessas operações é fundamental para manter a ordem e a disciplina no sistema prisional, garantindo que o cumprimento das penas ocorra sem interferências externas de grupos criminosos.