Foto: ilustração Freepik
Grupo focava na comunidade LGBTQIAPN+ e mantinha vítimas sob ameaça até realizarem transferências bancárias
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta terça-feira (17), oito pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que utilizava aplicativos de relacionamento como isca para aplicar golpes, assaltar e até manter vítimas em cárcere.
Segundo as investigações, ao menos 36 pessoas procuraram a polícia entre novembro de 2024 e junho deste ano. A maioria das vítimas pertence à comunidade LGBTQIAPN+. No entanto, a corporação acredita que o número real de afetados pode ser ainda maior.
O esquema envolvia marcar encontros em locais afastados e pouco iluminados em diversas regiões do DF. Ao chegarem ao ponto combinado, os alvos eram surpreendidos por dois ou três criminosos armados. Os relatos apontam agressões, ameaças e extorsões.
Além de serem forçadas a entregar objetos pessoais, as vítimas também eram coagidas a realizar transferências bancárias. Quando o saldo das contas chamava atenção dos criminosos, o sequestro durava até o amanhecer, com o objetivo de driblar os limites noturnos de transações.
Em ao menos duas situações, veículos das vítimas foram utilizados em outras ações criminosas antes de serem abandonados.
Os investigados responderão por roubo agravado, extorsão qualificada e participação em organização criminosa — delitos com penas que, somadas, podem ultrapassar 40 anos de prisão.
