Polícia apresenta um dos suspeitos de matar e carbonizar dois homens em Passos


(Imagem: Divulgação/PCMG)

Um dos suspeitos de participar do duplo homicídio de moradores de Araxá, no Triângulo Mineiro, foi apresentado nesta segunda-feira, 10, pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Passos-MG. Cícero Alexandre Nelo, de 43 anos, foi preso em um hospital no Bairro Tatuapé, na zona Sul da capital paulista, dia 6 deste mês, quando ia visitar a mãe, que está internada.

O segundo suspeito, Salem Martins Biagem, de 50 anos, conhecido da PC como o “maior contrabandista de cigarros do Paraguai na região de Passos”, está preso desde dezembro de 2016 por receptação e também teve a prisão pelo duplo assassinato cumprida no dia 7.

O terceiro envolvido Renan Santos de Oliveira, o Koxa, de 39 anos, está sendo procurado. Ele possui ficha criminal por roubo, tráfico, associação para o tráfico, supressão de documento, formação de quadrilha, furto, dentre outros.

De acordo com o delegado de homicídios, responsável pelo caso, Marcos de Sousa Pimenta, os dois homens teriam saído de Araxá, para buscar uma carga de cigarros do Paraguai. “Apuramos que Hugo revendia a mercadoria no Triângulo Mineiro e que, em virtude do aumento da fiscalização nas fronteiras do país no fim do ano, ele enfrentou dificuldades em conseguir fornecedores.”

Segundo a polícia, em escutas telefônicas Cícero confirma que foi contratado para cobrar dívidas de produtos contrabandeados do Paraguai. Ele e o comparsa recebiam cerca de 20% de todas elas. Durante a negociação houve um desentendimento e eles acabaram matando as vítimas.

Os corpos de Hugo Leonardo de Castro, de 34 anos, e Gabriel Fillipe Silva Ferreira, de 20, foram carbonizados no dia 22 de fevereiro e encontrados no dia seguinte, dentro de um carro Classic com placas de Uberlândia, em um canavial na zona rural de Passos. Um estava no banco de trás e outro no porta-malas, ambos amarrados.

No dia do crime, Hugo mandou sua localização pelo celular para a esposa e uma foto placa do carro que eles estavam seguindo para fazer a negociação dos cigarros contrabandeados. Ele dizia estar temeroso em relação aos novos fornecedores. No entanto, os dois homens eram contratados por vendedores de cigarros do Paraguai para negociar e cobrar dívidas.

Outra informação apurada é que Cícero e o seu comparsa teriam feito contato com a esposa de Salem, na véspera do crime, para ter acesso às chaves da chácara dele. A propriedade fica próxima à última localização das vítimas via GPS.

Ainda segundo a polícia, Cícero é irmão de Fernando Baiano, ex-jogador do Corinthians e do Flamengo.