PMU condiciona avanço na pauta de negociações ao fim da greve


Reunião realizada  na Prefeitura entre diretoria do Sindicato dos Servidores, comando da greve e secretários, intermediada pelos vereadores Rubério Santos, Ronaldo Amâncio e Ismar Marão reabriu o diálogo com a categoria rompido pelo advento da greve. Pela PMU participaram o secretário de Administração, Rodrigo Vieira, Paulo Salge – Proger, Denis Silva – Secom, Fernando Hueb – Chefia de Gabinete, Jorge Macedo – Orçamento e Sandra Barra diretora de RH da SAD. Ficou definido que a categoria levará as seguintes propostas para assembleia a ser marcada:

Avanço na pauta de negociação em itens que não tenham impacto financeiro e legal; Retomada da jornada especial para servidores do Horto Municipal, suspensa por economia; Publicação da progressão da carreira, que já vem sendo paga desde setembro do ano passado mais ainda não publicada; Regulamentação da promoção por titularidade acadêmica; Garantia do não corte do ponto dos grevistas desde que haja reposição das faltas; Formação de uma comissão de servidores para acompanhar abertamente a evolução dos repasses recebidos pela PMU até a nova rodada de negociação salarial em 18 julho.

Na reunião de mais de 2 horas foram feitos e esclarecidos vários questionamentos, entre eles:

Foi esclarecido que não existe 14º salário para secretários municipais. Que o reajuste dos secretários é definido pela Câmara na Legislação anterior, o que não acontecia desde 2008.

Foi esclarecido ainda que com o Plano de Carreira algumas funções de servidores efetivos tiveram reajustes que variam entre 62% e 100%, o que causou impacto na folha de R$ 3.2 milhões mês.

Que para equiparar as finanças o município já mantém comissão de análise e cortes efetivos de gastos, que já culminou com ações positivas como a desoneração da folha de pagamento. Foi esclarecido ainda que a economia com a substituição de servidores contratados por concursados vai ajudar em médio prazo a reequilibrar esse impacto.

Foi esclarecido e reafirmado o compromisso do prefeito e manter apenas 50% dos gastos com comissionados.

Também foi esclarecido que o reajuste do ano passado foi somente o que a Lei permitia em se tratando de ano eleitoral.

Segundo o secretário de Administração Rodrigo Vieira, a ordem do prefeito Paulo Piau é tratar a questão com responsabilidade, já que a garantia dos salários e benefícios como tíquete alimentação e plano de saúde, é prioridade nesse momento de crise. O secretário salientou ainda que toda negociação discutida está atrelada ao fim da greve. “Nunca fechamos o diálogo, mas entendo que quando se deflagra uma greve o diálogo se rompe unilateralmente. Hoje voltamos a negociar e acredito que dentro da nossa política de total transparência podemos enfim avançar”, comentou. Segundo levantamento da SAD, dos cerca de 8 mil servidores da prefeitura menos de 1% aderiram ao movimento.

Secom/PMU