Primeiras prisões no escândalo do INSS reforçam atuação da CPMI presidida pelo Senador Carlos Viana


A atuação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS começou a dar resultados concretos

Nesta sexta-feira (12), o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu a um pedido apresentado pela comissão e, anteriormente pela Polícia Federal, determinou a prisão de dois dos principais investigados no esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas: o empresário conhecido como “Careca do INSS” e Maurício Camisotti.De acordo com o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), os dois estavam “dilapidando o patrimônio e escondendo o dinheiro roubado da Previdência brasileira”.

Para ele, a decisão marca um passo decisivo no combate às irregularidades que, segundo a investigação, envolvem dirigentes de sindicatos, associações e empresas de fachada que desviavam recursos públicos.“Eu não falei que não ficaria impune? Pois demos o primeiro passo.

O STF aceitou nosso pedido e colocou na cadeia os responsáveis. Outros suspeitos ainda precisam ser responsabilizados e também irão para a prisão”, afirmou Viana.O senador reforçou que o trabalho da CPMI não vai parar.

Segundo ele, já foi solicitado que os dois presos sejam conduzidos ao colegiado para prestar depoimento. “Eles têm muitas explicações a dar diante do povo brasileiro. A impunidade machuca, mas estamos firmes no propósito de entregar uma resposta ao país”, destacou.Carlos Viana lembrou ainda que a comissão identificou indícios de participação de dirigentes de sindicatos e associações em fraudes milionárias, operadas por meio de empresas fantasmas. “É um compromisso com os aposentados, pensionistas e com todos os brasileiros que contribuem para a Previdência. Não vamos descansar enquanto o esquema não for totalmente esclarecido”, garantiu.

As prisões representam o primeiro desdobramento judicial direto das apurações da CPMI do INSS, que foi instalada para investigar descontos irregulares e fraudes em benefícios de aposentados.