Professores estaduais estão em greve por tempo indeterminado em Uberlândia


Escolas públicas de Uberlândia estão em greve por tempo indeterminado em protesto contra a reforma da previdência. De acordo com com os representantes  do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind UTE) cerca de 50 escolas aderiram à paralisação, nesta quinta-feira, 16.

No total 24 escolas estaduais aderiram ao movimento totalmente e 26 estão aderindo parcialmente. Segundo o professor e representante do Sind UTE, Ronaldo Ferreira, as escolas estão apoiando aos poucos e provavelmente nesta segunda-feira, 20, mais instituições vão incorporar.

Uberlândia tem 67 escolas estaduais e a previsão e de que todas se encaixem no movimento. Na próxima segunda-feira, 20, o sindicato vai realizar uma reunião para decidir uma data para um novo Ato Público geral, do qual os servidores do município e estado vão poder participar. Até o momento, cerca de 48 mil alunos estão sendo prejudicados com a paralisação dos educadores.

“Os professores de todo Brasil lutam para que o governo reveja as reformas da Previdência, Trabalhista e Ensino Médio. Além dessas questões, nós do estado também lutamos pelo reajuste do piso de 7,36%, descongelamento de carreira, convênio médico do Ipsemg e novos concursos”, afirma professor Reinaldo.

De acordo com a presidente do Sind UTE Elaine Cristina, no dia 28 de março, uma assembleia está marcada em Belo Horizonte para decidir se a greve continua ou se o governo do estado vai propor acordo.

Escolas municipais

De acordo com informações apuradas pelo site V9 Vitoriosa as escolas municipais não aderiram a greve pois a classe não tem o apoio do  Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (SINTRASP). Professores municipais estão realizando novas votações para conseguir apoio do sindicato e assim aderir à greve para cobrar o salário atrasado do mês de dezembro de 2016 e contra as reformas.

Nota

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) foi notificada sobre a Greve Nacional da Educação pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), marcada para ontem, 15, tendo como pauta principal a Reforma da Previdência (PEC 287), além de reivindicações na esfera estadual.

Das 3.655 unidades de ensino da rede estadual, 2.041 informaram a situação sobre a paralisação em Minas Gerais. São 995 escolas totalmente paralisadas e 1.046 escolas parcialmente paralisadas. A Superintendência Regional de Ensino de Uberlândia informou que na regional 108 escolas estaduais aderiram à greve, 58 totalmente paralisadas e 50 parcialmente paralisadas.

O Governo de Minas Gerais considera de fundamental importância a valorização de todas as categorias da Educação, por isso é importante destacar o esforço em cumprir os itens do Acordo firmado entre o governador Fernando Pimentel e os representantes dos trabalhadores.

Desde o início da gestão já foram nomeados 41.051 servidores, sendo que nesta quarta-feira, 15, foi publicada uma nova lista com 1.500 professores. Também foram publicados 28.015 atos de aposentadoria dos servidores da Educação, outro item do acordo.

Com relação ao Pagamento do Piso Salarial Nacional Profissional, foi acordado um reajuste de 31,78%, a ser pago até 2018 em três parcelas sob a forma de abono e posteriormente incorporadas ao vencimento básico. Com isso, o vencimento atual pago para Professor com jornada de 24 horas semanais é R$ 1.620,62, acrescido dos dois abonos que já estão sendo pagos, totalizando R$ 1.982,54.

Em agosto deste ano, haverá um novo abono, que será incorporado aos vencimentos em julho de 2018. Com essas incorporações, os professores receberão como vencimento R$ 2.135,64. O acordo do Governo Estadual com a categoria é que em julho de 2018 todos os professores, com carga horária de 24 horas semanais, tenham o valor como vencimento correspondente ao piso nacional (estabelecido para carga horária de 40 horas semanais).

Diante das limitações financeiras e das implicações jurídicas impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo de Minas Gerais está avaliando a forma de atingir o novo valor do Piso Nacional, reajustado em 7,64% pelo Ministério da Educação em janeiro de 2017, mas garante o cumprimento do acordo firmado.

Esta nota somente representa o posicionamento do Governo do Estado desde que considerada na íntegra.

Assessoria de Comunicação Social
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais