Motorista é indiciado por 12 mortes na tragédia com ônibus na MG-223


A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, no dia 14 de maio, o inquérito sobre o acidente com um ônibus da Real Expresso, que tombou na MG-223, em Araguari. O motorista é indiciado por 12 mortes na tragédia com ônibus na MG-223, além de responder por 46 tentativas de homicídio. Segundo a investigação, ele agiu com dolo eventual, ou seja, assumiu o risco de provocar o acidente.

O delegado Rodrigo Faria, responsável pela investigação, explicou que o motorista assumiu o risco ao trafegar em alta velocidade. Laudos periciais e depoimentos confirmam que ele desrespeitou os limites da via.

Durante o inquérito policial, conseguimos constatar, principalmente pelas provas objetivas — laudos de necropsia e de levantamento de local — que o veículo estava acima da velocidade permitida, principalmente antes do acidente”, afirmou o delegado.

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Motorista ignorou regras de trânsito e agiu com imprudência

Durante a viagem, o motorista teria dito aos passageiros que precisava “tirar o atraso”. Por isso, ele pediu que todos colocassem os cintos e se segurassem.

Vários passageiros confirmaram que o motorista, em paradas ao longo do trajeto, orientava os ocupantes a se prenderem porque ele aceleraria para compensar o tempo perdido”, contou o delegado Faria”, detalhou o delegado Faria responsável pela investigaçaõ do acidente com ônibus na MG-223

Além disso, os investigadores identificaram que o condutor desconsiderou completamente as normas de segurança. Com base nessas condutas, a polícia concluiu que houve dolo eventual, ou seja, o motorista assumiu o risco de causar a tragédia no acidente com ônibus na MG-223.

Apesar da gravidade, ele irá responder ao processo em liberdade. Isso porque ele permaneceu no local e prestou socorro às vítimas.

Relembre o acidente com ônibus na MG-223, em Araguari

O ônibus tombou em uma curva no entroncamento entre as rodovias MG-223 e MG-413. Após perder o controle, o veículo atravessou o canteiro central e avançou cerca de 9 metros fora da pista.

“Todos os passageiros sem cinto foram arremessados para a grama e, na sequência, o ônibus veio e os esmagou”, explicou o perito Daniel Luiz de Souza.

Ao todo, 12 pessoas morreram. Dez vítimas faleceram no local. Uma morreu no hospital no mesmo dia e outra faleceu quase um mês após o acidente. Outras 46 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave. A maioria das vítimas fatais não usava cinto de segurança e foi arremessada para fora do veículo.

MP deve decidir próximos passos

A Polícia Civil já enviou o inquérito ao Ministério Público de Minas Gerais. Caberá ao MP avaliar se apresenta denúncia formal à Justiça. O caso gerou comoção na região e reacendeu o debate sobre segurança no transporte rodoviário de passageiros.

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